Pages

21 de setembro de 2011

UPF realiza mais uma etapa da campanha de cadastramento de doadores de medula óssea

           Unidade móvel do Hemopasso estará no Campus II de 28 a 30 de setembro. Para participar, basta uma amostra de 10 ml de sangue.


           Em 2011 a Universidade de Passo Fundo (UPF) comemora seus 43 anos com diversas ações que estimulam a solidariedade da comunidade acadêmica. Em junho deste ano, a Instituição, por meio do programa UPF Solidária, lançou uma campanha de cadastramento de doadores de medula óssea, que resultou em mais de 700 novos integrantes para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). De 28 a 30 de setembro, a UPF intensifica novamente a iniciativa, oportunizando que acadêmicos, professores e a comunidade próxima ao Campus II tornem-se doadores e aumentem as chances de cura para quem sofre de doenças como leucemia, doenças hemetológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências e doenças genéticas.

           A iniciativa é realizada em parceria com o Hemopasso, que deslocará unidade móvel até o Campus II. A equipe do Hemopasso coletará amostras de sangue na quarta-feira, 28 de setembro, das 9h às 13h, na quinta-feira, dia 29, das 13h30min às 18h, e na sexta, dia 30, também das 13h30min às 18h. O Campus II da UPF localiza-se no Centro de Passo Fundo, na Rua Teixeira Soares, 817, em frente ao Hospital São Vicente de Paulo.

           Como participar da campanha?
           Para se tornar candidato a doador, basta retirar uma pequena quantidade de sangue (10 ml) e preencher uma ficha com informações pessoais. O sangue passará por exame de histocompatibilidade (teste de laboratório para identificar características genéticas que possam influenciar no transplante). O tipo de HLA será incluído em um cadastro nacional e quando aparecer um paciente, a compatibilidade será verificada.

           Para se cadastrar como candidato à doação é preciso ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não apresentar doenças infecciosas ou hematológicas. A pessoa deve apresentar documento oficial de identidade com foto e preencher o formulário de cadastramento. Todas as informações e esclarecimentos serão disponibilizados ao possível doador.


16 de setembro de 2011

Universitários de Constantina que estudam na UPF de Sarandi.

“Atenção”

Universitários de Constantina que estudam na UPF de Sarandi.

Sábado, dia 17 de setembro, às 13h30min.

Importante reunião na Câmara Municipal de Vereadores de Constantina.

Não deixem de participar, pois é de grande importância para o futuro do transporte universitário!

5 de setembro de 2011

I Twitaço Progressista!

Essa semana teremos no dia 11 o I Twitaço Progressista! Participe, apoie e divulgue! #PartidoProgressista11



Manifestação em Defesa da Ética e da Moralidade na Administração Pública



Data: 7 de setembro de 2011
Horário: 14h
Local: Sede da OAB/RS
Rua: Washington Luiz, 1110 -  14º andar
Porto Alegre/RS

Fabrício Carpinejar retrata Constantina, onde nasceu sua mulher

A infância da milha mulher

FABRÍCIO CARPINEJAR

           Eu imaginava como teria sido a infância de minha mulher: onde cresceu e como formou seu temperamento. Desejava tê- la conhecido quando pequena: o que ela diria para mim se eu fosse seu coleguinha de jardim? Será que me cuidaria e pediria para que limpasse a mancha de pasta de dente no rosto como faz hoje? Será que me amaria quando ainda não me amava?
           Decidi reconstituir a primeira década de vida da minha esposa Cínthya Carina Santos Verri, médica e psicoterapeuta, que completou 31 anos ontem. Fui visitar sua terra natal, Constantina, município de 10 mil habitantes, situado a 355 quilômetros de Porto Alegre, no extremo norte do Estado.

           Ela me falava que Constantina era uma cidade vermelha. E vi que é mesmo, com barro manchando as pedras das calçadas. Ela me falava do cheiro de madeira e de hortelã de manhãzinha. E constatei o incenso natural descendo a ladeira da João Mafessoni. Ela me falava das ruas largas. E confirmei que são mesmo, folgadas como roupas de gestante.
           E observei muito mais; que os moradores confiam um nos outros e põem os tapetes na grama da praça para secar ao sol e murmuram boa- noite para dormir a sesta. Cínthya nasceu de parto normal em 1980, no Hospital da Comunidade, dirigido pelo seu pai Ciro.
           Ela morava numa casa de esquina, ao lado do ambulatório, junto da mãe Wanda e seus dois irmãos mais velhos Ciro Gustavo e Ciro Ricardo.
           – Ela chamava a casa de “ três garagens”, por ser o único imóvel na localidade que apresentava a trinca de box – acrescenta sua professora da 2 ª série, Neusa Ana Giacomini Rosa, 53 anos.
           – E se sentia encabulada por ser filha do médico, fugia de privilégios – completa.
           Por mais que tentasse desaparecer, a caçula da famíliaVerri chamava a atenção pela elegância. Sua mãe arrumava um jeito de diferenciá- la, sem desobedecer ao uniforme obrigatório da Escola Santa Terezinha. Diante da exigência da blusa branca e do abrigo laranja, ela surgia com uma inacreditável gravata- borboleta, extremamente harmoniosa com o conjunto.
           – Cínthya? Filha do Dr. Ciro? Vestida como uma princesa, aventureira como um guri – comenta sua colega Daviana Paula Leal, 31 anos.
           Eu ouvia e comparava sua meninice com as atitudes de nossa relação, tudo fazia sentido, é apaixonada por esportes (rapel, surf, maratona) e longas viagens, detesta ser favorecida, odeia depender de alguém, escolhe o traje do dia em função de um acessório e coleciona gravatas. A “profe” Neusa recorda de sua inteligência elétrica.
           – Ela não marcava a linha com o dedo no momento de ler, veio alfabetizada para a 1 ª série e terminava as tarefas antes da turma.
           Cínthya não admitia perder tempo. Enquanto esperava a classe encerrar os trabalhos, inventava presentes, trazia cola e fitas. Seu estojo de lápis se assemelhava a uma caixinha de costura.
           – Criava brincos e pulseiras e me entregava, e depois cobrava quando não colocava, lamentando que eu não tinha gostado – ri Neusa.
           Minha esposa continua igual, repara se uso ou não o presente e exige que seja sincero. E nunca renunciou o hábito de elaborar camisetas e quadros para os aniversários dos amigos.
           A vizinha Terezinha Paludo, 68, destaca que ela chefiava as filhas Patrícia e Angela nas brincadeiras:
           – Era a menor e a mais decidida. Organizou o concurso Miss Rua Nereu Ramos, em que convocava as conhecidas para desfilar de maiô.
           -  Consertava as Barbies do bairro, já sonhava em ser médica – confessa Angela, 31 anos, uma de suas assistentes de beleza na época.
           Compreendi que a Cínthya é a própria cidade: sensível, desconfiada, destemida, direta. Para tocar o coração do passado, entrei na residência em que ela morou até se mudar para Passo Fundo, em 1990.
           O casarão está abandonado, pronto para ser demolido. Procurei a seringueira no pátio, árvore da qual ela caiu aos cinco anos e que sobreviveu graças ao socorro rápido do pai, mas não estava mais lá. Procurei seu quarto amarelo, mas não havia cor nas paredes para diferenciar os cômodos.  Sentei na borda da piscina suja e com água a meia- altura, fechei os olhos e, por um breve momento, parecia que ouvia os pedais de uma bicicleta. Uma menina gargalhava e dava voltas pelas bordas. Cada vez mais rápidas. Era Cínthya aprendendo a andar com a bicicleta rosa de rodinhas.
           Eu agora poderia amá- la pela vida inteira, com toda a vida dela: conhecia sua infância.


2 de setembro de 2011

Planalto deve repassar ao Congresso pedido de reajuste do Judiciário


Presidente do STF discutiu aumento com ministros do governo.
Planejamento havia cortado a proposta, estimada em R$ 6,4 bilhões.

 

           
           O governo deverá encaminhar ao Congresso Nacional uma mensagem para que os parlamentares considerem o reajuste salarial pedido pelo Judiciário, que havia sido cortado da proposta Orçamentária preparada pelo Executivo para 2012.

           Nesta quinta-feira (31), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), 
ministro Cezar Peluso, chamou de “equívoco” a retirada da proposta na lei, que prevê as receitas e despesas da União no ano que vem. Após reunião nesta tarde com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ele disse que, “sem dúvida”, o governo iria rever a decisão.
 
           Ontem, ao anunciar o corte, Belchior disse que não quer uma “guerra com o Judiciário”. No encontro de hoje, estavam presentes também o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio de Lucena Adams.

           Segundo uma fonte do Planalto ouvida pelo Jornal Nacional, o governo não iria rever o corte, mas apenas comunicar o pedido aos parlamentares, que têm até o final do ano para alterar e aprovar a lei orçamentária, enviada nesta quarta.

O Judiciário quer um aumento de 14,79% para os magistrados e de 56% para os servidores. O aumento gera uma despesa de R$ 6,4 bilhões ao Orçamento, segundo cálculo do STF.

Reações
           O anúncio do corte, ontem, gerou reação entre membros do Judiciário. O ministro Marco Aurélio Mello lembrou que, de acordo com a Constituição, o Executivo não tem o pode de promover mudanças no orçamento proposto pelo Judiciário. Essa competência, segundo ele, cabe apenas ao Legislativo.
"O que está em jogo não é pecúnia, não é dinheiro, não é gasto. O que está em jogo é o princípio que implica equilíbrio, que se faz ao mundo jurídico para que não haja supremacia de poderes que estão no mesmo patamar”, disse o ministro.

Atualizado em 01/09/2011 21h35